quinta-feira, 14 de outubro de 2010

¿Dónde se queda la salida?

Agora, sim, vou falar da Espanha!

Fomos apenas eu e Rafinha e esse foi o nosso primeiro contato com um país de língua estrangeira. Painho e mainha podem ficar satisfeitos: o pouco tempo no cursinho de Espanhol foi bastante útil! Tô longe de ser fluente no idioma, é verdade, mas foi suficiente pra pedir todas as informações que eu precisei e não passar fome. Deu pra praticar bastante o inglês também, porque no hostel que nós ficamos em Madri tinha gente de tudo quanto era lugar e eles faziam umas atividades de interação entre os hóspedes. Entre Madri e Valência, conhecemos israelitas, alemães, ingleses, equatoriano, mexicano e até um paquistanês.

Nós saímos na quinta à tarde e chegamos em Madri quando estava anoitecendo. Daí fomos procurar o hostel: Posada de las Huertas. Recomendo demais! Ótima localização, bastante limpinho e com excelente atendimento. Tínhamos reservados ingressos pra assistir um musical lá, mas não chegamos a tempo. Então, acabamos saindo com o pessoal do hostel. Eles organizam um tal de "pubcrawl", que corresponde ao que os espanhóis chamam de "ir as copas". Em outras palavras, nós passamos a noite indo de pub em pub e terminando numa boate.

Prontas pra noite de Madri! Detalhe: o quarto do hostel é melhor que o meu da residência!

No outro dia, fomos fazer turismo por Madri. Antes de dar minha impressão da cidade, uma advertência: eu estava cansada, com pressa e sem tempo de dar a Madri a atenção que ela merecia. Assim, a minha opinião a respeito da capital espanhola é estritamente particular. Então, o que eu achei da cidade é que, como uma grande capital que ela é, acaba sendo muito movimentada pro meu gosto e às vezes confusa demais.

Por outro lado, a arquitetura da cidade é impressionante. Por onde nós andávamos, ficávamos impressionadas com a beleza dos prédios, que não só eram lindos, mas também enormes e bem conservados. Diga-se de passagem, uma coisa que os europeus sabem fazer bem é preservar o seu patrimônio histórico. E se Madri já é bonita de se ver durante o dia, a noite, então, essa beleza se multiplica. É como se a cidade acordasse e ganhasse vida apenas ao pôr-do-sol. Durante o dia, é mais trabalho e correrio. À noite, as praças se iluminam, os restaurantes e os bares enchem de gente e tudo fica mais colorido.

Sempre que Rafinha via um prédio bonitão desses, ela perguntava: "o que é isso? o que é isso?". Mas, normalmente, não era nada demais. É que os prédios são bonitos assim mesmo...

Gran Via, considerada a Broadway madrilena.

Mais um da série "não é ponto turístico, mas vale a pena fotografar!".

Praça de Cibeles.

Dos pontos que nós visitamos, merecem destaque os museus, o Palácio Real e a Catedral de Almudena. Os três principais museus de Madri são: Museu del Prado, Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia e o Museu Thyssen-Bornemisza. Só entramos no segundo deles, onde se encontra o quadro Guernica, de Picasso. Mas recomendo também que, quem tiver a oportunidade, vá até o Museu del Prado também, o mais famoso da Espanha, com obras de Goya, Velásquez, Picasso, Monet, Salvador Dalí e muitos outros pintores famosos. Outra dica é pesquisar com antecedência em que dias e em que horários esses museus têm entrada franca.


Paseo del Prado, a caminho do museu de mesmo nome.

Autoexplicativa. :P

Salvador Dali.

Picasso.
(Tia Nonom, tirei milhares de fotos de outras tantas pinturas pra senhora!)


O Palácio Real é enooooorme. Tenho pra mim que nem mesmo o rei conhece ele por inteiro. Infelizmente, só o vimos por fora mesmo... E a Catedral de Almudena, definitivamente, é um dos lugares que mais me chamou a atenção até agora. A decoração dela é simplesmente surpreendente! Nunca vi nenhum outra igreja parecida (e olhe que aqui o que mais se tem pra ver é igreja!). As cores daquele lugar são fantásticas! Linda demais!
Palácio Real

Catedral de Almudena.

Nunca vi igreja nenhuma com essas cores!

Santa Maria a Real de Almudena
Depois de todo esse passeio aí, nós fomos pro aeroporto de Madri, porque tínhamos que pegar o vôo pra Valencia no outro dia bem cedo. Tivemos, então, que dormir (ou melhor, passar a noite) no aeroporto mesmo. Resultado: estávamos mais do que cansadas no outro dia. Mesmo assim, quando chegamos em Valencia fomos conhecer a cidade. Gostei bem mais de Valência do que de Madri. A cidade é menor, menos agitada, as pessoas são mais agradáveis e eu tive bastante tempo pra conhecer tudo, porque fiquei lá por três dias.

No primeiro e no terceiro dias, me concentrei na parte antiga da cidade. Ficar andando por aquelas ruazinhas e entre a Plaza de la Reina e a Plaza de la Virgen é bem agradável. Assisti a uma missa na Basílica e deu pra entender tudo que era igual em todo canto, mas quando chegou nas leituras e na homilia... não faço idéia do que o padre falava (sem contar que eu acho que ele tinha a língua presa!). Tem também as torres, de Quars e de Serranos, e a Catedral, com uma torre chamada de Miguelete. 193 degraus e uma vista impressionante! Aliás, tudo é lindo. Até o Mercado Central é bonito de se ver!

Torre de Quars

Catedral de Valência

Interior da Catedral

Vista do Miguelete - Plaza de la Reina


Vista do Miguelete - No canto esquerdo, dá pra ver a Torre de Quars. No lado direito, a Basílica (essa com telhadinho azul). No centro, a Plaza de la Virgen.

Mercado Central

Esse prediozinho humilde aí é só a prefeitura...

Plaza del Ayuntamiento. Não importa a hora, a cidade é linda!

E nós demos sorte. Chegamos na cidade justo em dia de festa: 9 de Outubro, Dia de Valência.

Desfile - Dia de Valência

Gente de todas as idades participando...

Aqui, é só uma amostra pequena...

E a simpatia não era só durante o desfile não...

No segundo dia, o domingo, fui até a Cidade das Artes e das Ciências, um complexo arquitetônico dedicado à cultura e à ciência, que inclui o Museu das Ciências Príncipe Felipe, um Oceanográfico (supostamente o maior da Europa), o Palau de las Artes Reina Sofía (ópera), o Hemisférico e o Umbracle. Lá, o clima já é bem diferente do centro histórico da cidade, fazendo com que Valência se destaque não só pela história, mas também pela modernidade e inovação pretendida pelo complexo de lazer.


O preço do Oceonográfico pode até parecer meio salgadinho (pelo menos pra quem é estudante), mas valeu a pena. Foi bem interessante ver todas as espécies marinhas existentes lá, seja de climas tropicais, seja do Ártico, sem falar na apresentação dos golfinhos fofinhos!

Cidade das Artes e das Ciências

Mais informações: http://www.cac.es/

Olha o peixinho embaixo do tubarão... Como é mesmo o nome dele?

Lindo, né? Incrível como Papai do Céu foi generoso com a criação...

Peixinhos!!

Olha, Coló, essa foi pra senhora!

E essa é pra Thales!

Entendeu a mensagem?

Olha que preguiça boa!

Golfiiiinhooooos!!!

Mais uma com eles. Especialmente pra Iasmin!

E, por fim, os aplausos!

O ritmo de Valência também é um aspecto a ser comentado. Oito horas da manhã lá equivale à cinco e meia em João Pessoa. Praticamente não há ninguém na rua, não há nada aberto. Pra ter idéia, o metro começa a passar apenas as sete de manhã. Consequentemente, os horários da alimentação são todos diferentes. Primeiro, vem o desayuno, que seria o nosso café-da-manhã (suco, café, torradinhas). Mais tarde o almuerzo. Mas não se enganem, não corresponde ao nosso almoço, apesar de ser no mesmo horário. Tá mais pra um lanche, em que eles comem baguetes com queijo e presunto ou algo do tipo (os bocadillos). Lá pras quatro da tarde é que se faz uma refeição de verdade, a comida. E assim, vai.

Como não podia deixar de ser, comi a famosa paella, um tipo de risoto que leva frutos do mar (ou uma série de outras coisas a depender do tipo que você escolher) e foi inventando justamente em Valência. (Cá entre nós, eu gostei mais da paella que Coló faz, mas a de lá tava boa também!)
Lá também tem os Jardins de Turia e o Jardim Real, que são muito bonitos e excelentes pra fazer um piquenique, ler um livro, caminhar, andar de bicicleta, passear com as crianças e muito mais. Os Jardins de Turia ficam no antigo leito do Rio Turia, desviado após uma enchente que matou várias pessoas (segundo me contou um valenciano). Legal como eles conseguiram transformar o local em algo bonito...

Jardim Real.

Por fim, uma explicação a respeito do título: essa foi a frase que eu mais usei lá, porque eu e Rafinha conseguimos a proeza de nos perdermos no aeroporto de Madri. Mas, antes que vocês riam, preciso dizer em nossa defesa: aquele lugar é realmente gigante!

Um comentário:

  1. Eita que já está se perdendo por aí, hein?
    Huaasudhaushdsaud.
    Inveja branca dessa sua aventura na Espanha, viu?
    Espero um dia ir lá, parece um lugar bem legal mesmo.
    Beijão e nos mantenha informados de como está sendo a viagem. ;]

    Venilton

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