O destino foi escolhido por duas razões: a primeira é que eu tenho uma parente (se é que ser neta da prima da mãe dela pode ser chamado de parentesco) que vive lá e havia se oferecido para nos receber; a segunda foi a necessidade de sair de Braga e nos distrairmos com alguma coisa para não morrermos de saudades!
Então, saímos de Braga na sexta-feira, às 15h, da estação de auto-carros. Chegamos por volta das 19:30h em Lisboa. Para chegar em Cascais, precisávamos pegar o comboio na estação de Cais do Sodré. O detalhe era: como chegar até essa estação? Com a ajuda de alguns portugueses e das sinalizações, descobrimos que tínhamos que pegar o metro (metrô) e assim o fizemos. Só pra chegarmos a Cascais já foi uma aventura!
Hélia, minha prima no enésimo grau, foi nos buscar na estação. Ela é brasileira, casada com um inglês, Michael. Por causa do trabalho dele, engenheiro ferroviário, eles já moraram em vários lugares, inclusive no Iraque! Os dois são uns amores de pessoa e nos receberem da melhor maneira possível.
Quando cheguei ao apartamento deles, senti que tava no céu! Não queria mais saber de voltar pra residência. Tava tudo perfeito: tomar banho num banheiro espaçoso, com um chuveiro de respeito; comer uma pizza deliciosa, que não seja preparada num microondas; dormir numa cama macia, que não fica rangendo a noite toda. Deu pra sentir porque voltar pra residência depois foi deprimente, né?
Como chegamos muito tarde na sexta, não saímos pra canto nenhum. No dia seguinte, após o belo café-da-manhã que Hélia nos preparou, pegamos novamente o comboio para Lisboa. Era dia de turistar! Hélia e Michael já viajaram pra vários lugares e têm uma verdadeira coleção de mapas em casa. Eles nos emprestaram o mapa de Lisboa e nos deram todas as dicas de que lugares nós deveríamos ir e de como nos movermos entre os locais mais distantes. Hélia também preparou um lanche pra levarmos conosco – delicioso, diga-se de passagem, além de uma verdadeira economia pros nossos pobres bolsos de estudantes!
Passeio em Lisboa:
A parte antiga de Lisboa, alvo do nosso passeio, é belíssima, e nós ainda demos sorte de nos depararmos com várias manifestações culturais diferentes ao longo do dia. Saindo da estação, fomos andando até a Praça do Comércio, a primeira parada do nosso roteiro turístico ( uns 2km, segundo o Google maps).
Na Praça do Comércio, há a estátua de D. José IV montado em seu cavalo (na verdade, estátuas de reis montados em cavalos é o que mais se vê em Lisboa!) e, por trás dela, podemos ver o Arco da Rua Augusta, com esculturas que representam a Glória, coroando o Gênio e o Valor (parte superior) e outras que representam, entre outros, Vasco da Gama e o Marquês de Pombal( parte inferior).
Chegando no arco, tivemos nossa primeira surpresa do dia: uma roda de capoeira havia se formado ali embaixo! Quem diria que eu encontraria isso por aqui, hã?
O Arco Triunfal da Rua Augusta, assim como todo o conjunto arquitectónico da Praça do Comércio encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910.
Da praça, pegamos um elétrico (bondinho) até nossa próxima parada: o Castelo de São Jorge. Na verdade, o elétrico pára um pouco antes, em frente a um miradouro (mirante) que fica junto ao Jardim Júlio Castilhos, e que conjunto maravilhoso que forma a vista do Tejo, a tranqüilidade do jardim e a melodia deliciosa de uns senhores que estavam tocando lá! Ficamos tão à vontade que aproveitamos pra almoçar por ali mesmo, no meio da música, das flores e dos demais turistas.
Pausa pro almoço. Lanchinho preparado por Hélia. :D

O Castelo de São Jorge foi o único lugar que nós tivemos que pagar pra entrar nessa viagem (nós não fomos a nenhum museu ou coisa do tipo). Custa 7,00€, ou a metade pra quem tem cartão jovem. Lá dentro, é enorme e a vista da cidade é muito bonita também.
Uma das torres, a Torre de Ulisses, tem um periscópio, um aparelho que mostra a cidade num ângulo de 360° em tempo real. É como se você olhasse pra uma daquelas antenas parabólicas e assistisse a tudo que acontece na cidade, os carros passando, as bandeiras balançando, as pessoas andando na rua.
Outro detalhe do castelo: gente desastrada deve se manter bem longe de lá. São várias as possibilidades diferentes de sofrer uma queda enquanto desce uma daquelas escadas ou passa de uma torre pra outra. É sério!

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