terça-feira, 28 de setembro de 2010

Chegada a Portugal

Eu e Rafinha pegamos o vôo às 20:50h (horário do Brasil), no aeroporto de Natal, dia 18/09, e ficamos sentadas em poltronas vizinhas. No mesmo vôo, estava Rayana, outra amiga nossa que veio pra Coimbra pelo mesmo programa de intercâmbio. O percurso foi tranquilo, mas não conseguíamos dormir. No máximo, tirei alguns cochilos e Rafinha menos que isso.

Chegamos a Lisboa por volta das 8h, horário local (4h mais tarde que no Brasil). Primeiro, temos que passar pela imigração. Isso demorou um pouco, porque a fila era enorme, mas não tivemos problema nenhum. Não nos foi feita nenhuma pergunta, apenas pediram o passaporte e o carimbaram. Pra Rayana e outros estudantes, pediram a carta de aceitação, mas nada além disso.

Custódio (primo), mainha, Iasmin (irmã), painho e eu, minutos antes de embarcar.


Eu e Rafinha no avião.
Fomos, então, procurar nossas bagagens. Essa hora foi um pouco engraçada, porque não encontramos logo a esteira que elas estavam sendo colocadas. Tão perdidos quanto nós estavam uns estudantes do sul que vieram no mesmo vôo para fazer intercâmbio em Coimbra. Encontradas, enfim, as malas e verificado que nenhuma delas havia sido violada (graças a Deus!), fomos tentar ligar para casa. O problema é que não sabíamos fazer DDI a cobrar, então, não conseguimos (olha a inexperiência das garotas!). Tentamos entrar na internet, mas só havia internet paga. Frustradas qualquer tentativa de comunicação.



Enfim, com as bagagens.

Daí, encontramos outros brasileiros que estavam no vôo conosco e iam para Coimbra. Todos eles de João Pessoa: Rayana, Cíntia, Adolfo e Fabiana. Adolfo, coitado, como único homem entre tantas mulheres, sofria nos ajudando com as bagagens. Fomos procurar um bom lugar pra comer. Foi meio difícil encontrar logo porque éramos 6 pessoas, todas empurrando carrinhos com muita bagagem. Mas achamos uma lanchonete, com um garçom brasileiro (aliás, outro garçom e a caixa também eram brasileiros) com quem Adolfo fez logo amizade, e arranjamos um lugar para nós e as malas. A comida no aeroporto é extremamente cara, como se era de esperar. Depois faço uma comparação com o mercadinho que tem aqui perto da Residência Universitária.

Acabamos decidindo pegar um táxi. Na verdade, foram 3 táxis, porque eram muitas bagagens e as malas dos carros são bem pequenas. Aqui, tem uma história interessante: no Brasil, temos o costume de chamar desconhecidos por “moço”; em Portugal, isso não soa muito bem (ao menos aos taxistas de Lisboa), porque dá a entender que seu trabalho está sendo menosprezado, que você está dizendo que ele ainda é principiante, não tem experiência.


Na estação de autocarros (= ônibus), tivemos que nos separar. Adolfo, Rayana, Cíntia e Fabiana foram para Coimbra e eu e Rafinha para Braga. No início, eu ainda tentei prestar atenção na paisagem, mas logo o cansaço venceu e comecei a dormir. Foram 5h de estrada até chegar a Braga, passando por Fátima e pelo Porto, que, por acaso, foi a cidade que mais me chamou a atenção das poucas que eu vi durante o percurso.



Braga vista do autocarro

Em Braga, pegamos novamente um táxi até a Residência Universitária de Santa Tecla. Nosso motorista, Adelino, foi bastante simpático, disse que não se importava de ser chamado de moço ou qualquer outra coisa, e nos deu um cartão para o caso de precisarmos de seus serviços.

Minha colega de quarto, Taís, é bastante simpática e está sendo muito agradável comigo. Estava bastante ansiosa pra me conhecer também, porque haviam dito a ela que sua colega seria uma italiana e ela estava preocupada em relação à comunicação.

Por volta das 20:30h aqui, fui até o mercado, o famoso Pingo Doce, para comprar algo para jantar. Thaís levou a mim e a Rafinha até lá, juntamente com outro brasileiro, Raony. Os preços do Pingo Doce são incrivelmente baratos. A título de comparação: uma garrafinha pequena de água mineral custou 1,35€ no aeroporto; no Pingo Doce, é apenas 0,07€. Isso mesmo: 0,07€ e não 0,70! E se for um garrafão de 5 litros, sai por apenas 0,29€. Tem uns biscoitos também que são absolutamente deliciosos (nem sinto falta do Passatempo, Pâmela!) e um monte de outras coisas baratas que fazem a alegria dos intercambistas.
Só antes de dormir consegui contato com o Brasil, através do computador de Taís, mas não dava pra demorar muito. Foi só então que a ficha começou a cair para mim. Até então, parecia apenas que eu estava vindo passear, passar umas férias. Quando me dei conta que essas “férias” durariam seis meses... enfim, deixa pra lá!

Um comentário:

  1. Filha,

    Estou aqui acompanhando suas aventuras pelo velho mundo. Vai ser uma experiência inesquecível. E saudade dá mesmo, mas um dia vc. vai ver como foi bom. E que água barata é essa, vou pedir uns garrafões pra mim. kkkkk

    Bjo.

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